quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vocação = Um chamado e uma resposta.



São sete de fevereiro, estamos celebrando 5º Domingo do Tempo Comum, e o apelo vocacional dos textos refletidos é muito grande... Vários são os relatos evangélicos que tratam do chamamento dos discípulos para seguirem Jesus. Um, porém, é bastante peculiar, o que refletimos hoje. Jesus, subindo à uma barca, pede a um grupo de pescadores que avancem para águas mais profundas e, lá, lancem novamente suas redes. Aqueles homens, cansados pelo trabalho infrutífero da noite inteira, ainda argumentam, dizendo-lhe que não haviam peixes. Mas, o Senhor insiste e, atendendo-Lhe, os homens vêem suas redes encherem de peixes até não poderem carregá-las sozinhos.
O pedido de avançar para águas mais profundas é um convite que se liga ao final desse mesmo texto evangélico: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens.” (Lc 5, 11). Ora, esse convite e essa promessa são estendidos a cada um de nós hoje.
A partir de uma experiência de intimidade com o Cristo pastor e mestre, e através do trabalho, poderemos compreender em qual meio nosso discipulado será mais eficaz, para assim, subirmos à barca com Jesus e avançarmos para as águas mais profundas.
Aprofundarmo-nos no mistério de Deus na nossa história pessoal é viver a experiência daqueles humildes pescadores: podemos não saber no que dará, podemos nos sentir cansados por ver tantos outros esforços infrutíferos, mas algo de maior "Aquele" que nos chamou estimula em nós. Não estamos sozinhos na caminhada, assim como os discípulos não seguiram sozinhos em suas barcas. E, caminhando conosco, Jesus irá se revelando em nossa vida, através de nossos irmãos menos favorecidos, e nas labutas diárias, sempre, encontraremos a presença do Senhor capacitando-nos para que possamos também revelá-lo aos outros, e sermos nós, hoje, pescadores de homens.
Reflitamos, pois, sobre esse convite especial e amoroso que o Mestre nos faz: avancemos para águas mais profundas, lancemos nossas redes. Sem medo, sem cansaço, sem titubeios. E veremos as redes cheias dos frutos de nosso trabalho.

Lucas Francisco Neto

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